Este ano, a produção regista perdas na ordem dos 25 por cento devido ao granizo que assolou nos finais de maio. Ainda assim, a qualidade está garantida, salienta João Silva, presidente da Cooperativa Agrícola do Távora, sediada em Moimenta da Beira.
“A campanha começou em força, com a colheita da variedade Gala nas zonas onde as maçãs já estão mais adiantadas. Nas outras variedades, os associados serão informados das datas sucessivas”, diz.
João Silva lembra que, nalgumas zonas da região, a quantidade da maçã ficou afetada por causa do granizo. “Mas ainda há muita maçã. Nem todos foram atingidos pelo granizo. Nas maçãs que ficaram, a qualidade está boa. Até a chuva que caiu há dias trouxe bastante cor e isto veio permitir uma maior qualidade do produto”, explica.
Este ano, não falta mão de obra para a colheita, numa campanha que fica marcada por novas regras devido à atual situação pandémica. O presidente da Cooperativa do Távora garante que os agricultores “foram-se organizando”, cumprindo as regras de segurança e prevenção face à Covid-19.
“Temos funcionários desencontrados nas linhas e nos espaços de manutenção. Na receção das estruturas, toda a gente está informada como deve proceder, com luvas, máscaras e desinfeção constante. Há luvas para quem anda a trabalhar no campo e também o respetivo distanciamento, para que as coisas corram bem”, explica.
Segundo o presidente da cooperativa, a Câmara de Moimenta da Beira tem um plano de contenção e emergência “para a eventualidade de haver um caso que possa acontecer no âmbito agrícola”. “Eles vão, de imediato, acudir e resolver a questão para que não haja contaminações”, frisa. João Silva.
A apanha de maçã vai prolongar-se por várias semanas. Já a vindima deve começar a 16 de setembro.
Fonte: Jornal do Centro
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