domingo, 20 de dezembro de 2020

«Notícia» - Cooperativa Agrícola do Távora reduz na fatura energética e ajuda meio ambiente

A Cooperativa Agrícola do Távora, sediada em Moimenta da Beira, está a partir deste sábado (19 de dezembro) mais amiga do ambiente, graças à instalação de painéis solares que para além de ajudarem a reduzir a emissão de CO2 permitem também à organização de produtores poupar na fatura energética. 

Em dois edifícios da instituição foram instalados 1716 painéis solares, num investimento de 826 mil euros feito pela empresa sueca Bright Sunday, em parceria com a cooperativa. 

“Nós damos a energia produzida e compramos à empresa a um preço muito menor. O custo megawatt hora que pagamos à Bright Sunday ronda 66 euros, quando estávamos a pagar 145 euros por megawatt hora”, explica João Silva, presidente da Cooperativa Agrícola do Távora, acrescentando que este negócio, válido por 15 anos, vai gerar uma “poupança anual à volta de 76 mil euros” em termos de fatura de eletricidade. 

“Temos também ganhos ambientais. Por ano emitíamos cerca de 370 toneladas de CO2 para a atmosfera que vão deixar de existir, o que é bom”, salienta. 

Segundo o dirigente, a energia produzida pelos painéis solares “é quase suficiente” para as necessidades da cooperativa, sendo que nos momentos de menor consumo até pode ser injetada eletricidade na rede.

A Cooperativa Agrícola do Távora quer agora instalar mais painéis noutro edifício para aumentar a capacidade produtiva de energia. 

 “Estamos a estudar os consumos para ver se é possível fazer o investimento. O negócio é bom se for para as duas partes [cooperativa e Bright Sunday”, conclui. 

O projeto energético foi inaugurado pela Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que felicita a cooperativa pela iniciativa “tão interessante e tão importante”.  

“Este é um projeto de futuro, que entendemos como de grande importância na transição energética que traz a vantagem económica, climática e de eficiência energética. É um projeto de enorme interesse que se integra no pacto verde. Todos queremos a transição energética e aqui a cooperativa está na primeira linha neste pensamento”, destaca Carla Alves. 

Numa terra em que o cultivo da maçã tem grande relevância e depois de os prejuízos causados pelo granizo na campanha deste ano, a responsável anunciou ainda a criação de um aviso de candidaturas para a instalação de coberturas para a proteção dos pomares. 

“As redes antigranizo vão contabilizar favoravelmente no cálculo da valia económica do projeto. Pela primeira vez conseguiu-se esta viragem, que faz com que estes investimentos sejam atendidos até para a aprovação do projeto”, diz.  

Fonte: Jornal do Centro

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