quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

«Notícia» - José Requeijo aceita desafio de ser o segundo comandante sub-regional do Douro

Comandante dos Bombeiros de Moimenta da Beira deixa cargo para ir para um dos 23 novos comandos sub-regionais de proteção civil

 José Requeijo diz que não podia dizer que não ao desafio que lhe foi lançado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para ser o segundo comandante sub-regional do Douro.

O até agora comandante dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira vai ser o número dois do Comando do Douro, sediado em Vila Real, e que será liderado por Miguel Fonseca, atual Codis de Vila Real. Passa a ocupar o cargo no primeiro dia do novo ano de 2023.

“Foi um desafio que me lançaram, recebi um convite [da ANEPC] para assumir estas novas funções, numa função velha numa estrutura nova na área da proteção civil, com responsabilidades dos municípios da CIM Douro”, afirma José Requeijo em declarações ao Jornal do Centro.

O operacional fala ainda num “novo desafio”, que “com certeza será também um incentivo e uma motivação pessoal para evoluir”.

Os Comando Distritais de Operações e Socorro (CDOS) vão dar lugar a partir de 1 de janeiro de 2023 a 23 comandos sub-regionais. O distrito de Viseu vai ficar repartido em quatro comandos, que funcionam em paralelo com as comunidades intermunicipais.

O comando sub-regional do Douro integra os municípios de Armamar, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, e outros 11 concelhos do distrito de Vila Real.

Ao de Viseu Dão Lafões fazem parte Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Sátão, Santa Comba Dão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela. Resende de Cinfães passam para o comando sub-regional do Tâmega e Sousa e Mortágua ao de Coimbra.

José Requeijo garante que o socorro às populações não estará em causa com aquela que é descrita como “a maior mudança” do sistema de Proteção Civil dos últimos anos em Portugal.

“Hoje vivemos uma aldeia global, o socorro é de proximidade. As populações podem ficar tranquilas, o socorro está garantido e vai ser com a mesma eficácia e eficiência de até agora”, frisa.

“Administrativamente poderemos sentir algum constrangimento no início, mas que não vai afetar o socorro”, assegura.

Com um novo modelo do sistema de Proteção Civil, os bombeiros e os restantes agentes de proteção civil terão que alterar a forma de trabalhar, sobretudo aqueles que estão localizados no Douro Sul que reportavam ao CDOS de Viseu e que agora terão que trabalhar com Vila Real.

“Hoje faz-se facilmente a integração de redes, apesar de haver procedimentos diferentes em termos de comunicação, porque os locais para onde se transmite as ocorrências vão ser diferentes. Os municípios do sul do Douro e que pertencem ao distrito de Viseu vão passar a reportar a Vila Real, mas está articulado e em funcionamento uma rede de comunicações em que todas as ocorrências que sejam reportadas a Viseu eles conseguem fazer a transposição da comunicação e da ocorrência de imediato para Vila Real, não se perdendo qualquer informação e tempo na ativação de meios”, explica José Requeijo.

O novo segundo comandante sub-regional do Douro assume que no início esta mudança pode causar alguma estranheza, que será ultrapassada em pouco tempo.

“É um modelo novo, com um formato diferente, mas os agentes de proteção civil estão preparados para situações novas, adversas e, portanto, vão ultrapassar estes tempos de alteração e de nova forma de interagir com tranquilidade porque têm essa capacidade. Acho que esta novidade vai ser pacificamente ultrapassada”, conclui.

O fim dos 18 CDOS e a criação de 23 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil estavam previstos na lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), que entrou em vigor em abril de 2019.

Na altura ficou decidido que a nova estrutura regional e sub-regional entraria em funcionamento de forma faseada, estando já em funções os comandos regionais do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, enquanto os 23 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil, cuja circunscrição territorial corresponde ao território de cada comunidade intermunicipal, iniciam funções em 01 de janeiro.

Fonte: Jornal do Centro

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