A situação de alerta estará em vigor até às 23h59 de 7 de Agosto.
Numa declaração aos jornalistas sem resposta a perguntas, a partir do Salão Nobre do Ministério da Administração Interna (MAI), a ministra justificou a decisão com a "manutenção de temperaturas muito altas e dos baixos níveis de humidade". Uma conjuntura que obriga à adopção de "medidas preventivas de resposta ao risco de incêndio".
Avisando que "a próxima semana será difícil", a ministra enumerou "medidas de carácter excepcional" a serem implementadas durante o período de situação de alerta:
- Proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios;
- Proibição da realização de queimadas e queimas, bem como suspensão de autorizações que tenham sido emitidas;
- “Proibição da realização de trabalhos nos espaços florestais e demais espaços rurais com recurso a maquinaria;
- Proibição da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, bem como suspensão de autorizações que tenham sido emitidas.
"A próxima semana será difícil. Todo o dispositivo de combate aos incêndios está pronto e mobilizado", disse a ministra, pedindo confiança nos bombeiros, Protecção Civil e outras autoridades, a quem agradeceu o trabalho "extraordinário e incansável" realizado nos últimos dias.
A declaração da situação de alerta implica um aumento do grau de prontidão das autoridades, nomeadamente da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública, dos bombeiros e das Forças Armadas. É também reforçado o dispositivo de sapadores florestais, agentes florestais e vigilantes da natureza, assim como o nível de prontidão de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio social.
A situação de alerta estipula também medidas como o aumento das acções de patrulhamento e de fiscalização nos distritos com risco máximo de incêndio e do "nível de prontidão das equipas de resposta das entidades com especial dever de cooperação nas áreas das comunicações e energia", diz o MAI em comunicado.O aumento do grau de prontidão e de resposta acontece numa altura em que a maioria dos distritos das regiões Norte, Centro e Algarve estão sob risco máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). E a situação deve agravar-se já a partir deste domingo, de acordo com o indicador, que coloca ainda mais concelhos no nível máximo de risco para os próximos dias.
O risco de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Relativamente às temperaturas, o IPMA colocou todos os distritos de Portugal Continental, à excepção de Faro, sob aviso laranja entre as 9h00 e as 18h00 deste domingo devido à "persistência de valores muito elevados de temperatura máxima".
Na segunda-feira, entre as 6h de segunda e de terça-feira, os distritos do Porto, Viana do Castelo, Braga, Bragança e Vila Real vão estar em alerta vermelho devido ao tempo quente. Os restantes distritos de Portugal continental em alerta laranja, à excepção de Faro, que baixa para alerta amarelo.
A vaga de calor que começa este fim-de-semana deixa quase todo o país com temperaturas máximas superiores a 30 graus Celsius, com várias regiões a ultrapassar os 40ºC.
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