segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Parceria com Aveiro gera polémica

A Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV) assinou um protocolo, em Julho de 2005, com uma empresa de Aveiro que presta serviços de apoio a empresas. Um protocolo contestado por empresas associadas que facultam os mesmos serviços. A ACDV justifica a escolha como “estratégia comercial que surgiu depois de uma consulta às empresas associadas”, esclarece a responsável pelos programas na associação, Margarida Martins. Em causa estão as candidaturas ao programa URBCOM que a ACDV está a trabalhar juntamente com as Câmaras de Viseu, Tondela, São Pedro do Sul, Moimenta da Beira e de Mangualde.Em Maio de 2005, a ACDV solicitou às empresas consultoras que elaborassem candidaturas aos apoios para apresentarem propostas. Mais tarde, Abril de 2006, a ACDV considerou que a “consulta efectuada se destinou à constituição de uma base de dados”.“Quando os associados se dirigem à associação para concretizarem uma candidatura nós informamos que trabalhamos com a N25 [empresa de Aveiro] porque tem um protocolo connosco e os custos são mais baixos, mas não deixamos de falar das restantes empresas, nossas associadas, que temos na nossa base de dados”, explica Margarida Martins.Entretanto, no início de 2005, a ACDV enviou uma carta aos associados a informar que se iria realizar, em Fevereiro de 2005, um esclarecimento do sistema de incentivos à modernização do comércio. Uma carta em nome da associação e da N25.“O protocolo com a N25 foi assinado em Julho de 2005 mas o contacto com a empresa já vem, pelo menos desde 2004”, adianta Margarida Martins. “Tem sido nossa parceira nos programas”. A associação “tem, actualmente, dois técnicos e há muito que a N25 nos tem dado apoio”, acrescenta. “Antes, desde 1995, trabalhávamos com uma empresa de Coimbra, em Viseu não havia”.Margarida Martins adianta que o contacto com as empresas surgiu “depois de referências, inclusive da Direcção Geral da Empresa, e pelo currículo apresentado, assim como pela experiência e qualidade no serviço”.“Não quer dizer que as outras não tenham qualidade, mas se há uma que tem mais experiência, currículo e a custos muito menores, como é o caso, é óbvio que a ACDV escolhe o que é melhor para os seus associados”. “É uma questão de estratégia comercial, o mercado é livre e nada nos impede de o fazer”, remata a técnica.

Fonte: Jornal do Centro

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