sábado, 10 de maio de 2008

Portugal «não aposta» nos cereais

O cereal é um produto não estratégico, como não o é a cevada e o arroz. A classificação vem tipificada num aviso para apresentação de pedidos de apoio, e aqui contam-se os critérios de ponderação a quem pretender concorrer a ajudas financeiras para a produção agrícola no próximo ano (2008/09). Na lista de produtos estratégicos, divulgados pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), estão diversos produtos hortofrutícolas, azeite, um tipo específico de arroz, baga de sabugueiro, flores de estufa, entre outros.
O documento, disponível no site do PRODER, recebe duras críticas do CDS-PP, que considera haver uma «grande diferença entre o que é estratégico e o que o Governo pondera apoiar».

PRODER foi discutido com associação de agricultores

Para Abel Baptista, a pontuação máxima (20) dada à baga de sabugueiro, por exemplo, considerado produto estratégico, não têm em linha de conta que a produção está «muito localizada em determinadas zonas», como Moimenta da Beira, Lamego e Tarouca.
Enquanto outros produtos, como a cevada, arroz, cereais e oleaginosas, milho, girassol e a produção pecuária estão «espalhados pelo país inteiro», mas merecem «apenas» figurar no quadro de produtos não estratégicos com relevância regional, obtendo 3,3 pontos (numa escala até 20). Para o deputado democrata-cristão, «estamos a perder produtividade nos cerais e na produção pecuária porque apontámos a produção para outras áreas, incentivando o tomate, vinho e produtos da floricultura».


Fonte: Portugal Diário

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