domingo, 2 de novembro de 2008

Sindicato dos professores denuncia más condições das escolas do distrito de Viseu

O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) alertou, em conferência de imprensa, para o facto de muitas escolas do distrito de Viseu estarem "degradadas" e os jardins-de-infância funcionarem em espaços "absolutamente inadequados". O sindicato garante que os problemas são os do "país real" que o primeiro-ministro, José Sócrates, e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, se esforçam por esconder.

A coordenadora-adjunta do SPRC, Anabela Sotaia, lamentou que o Ministério da educação tenha investido em tudo menos nas condições físicas das escolas. A Escola do 1.º Ciclo de Carvalhais é, segundo o SPRC, exemplo disso. A escola do concelho de São Pedro do Sul teve de acolher os alunos de escolas encerradas no concelho, sem que tenha havido "qualquer requalificação do espaço escolar". "Os alunos continuam a almoçar numa antiga cantina escolar fria e sem condições sanitárias", refere.

A coordenadora salientou que há crianças a frequentar as aulas em espaços sem condições físicas, onde os contentores que servem de escola são frios no Inverno e quentes no Verão. Em Tarouquela e Meridãos, em Cinfães, as Actividades de Enriquecimento Curricular decorrem em contentores com nove metros de comprimento e três de largura.

De acordo com o dirigente sindical Francisco Almeida, no distrito de Viseu encerraram cerca de 500 escolas e apenas foram construídos dois ou três centros escolares em 24 concelhos.

Os almoços "servidos às crianças sem condições de higiene e salubridade" também mereceram a atenção do SPRC. Francisco Almeida acredita que a ASAE encerraria um "grande conjunto de escolas de Viseu" essas infra-estruturas fossem visitadas. O refeitório da escola do 1.º Ciclo de Valença do Douro, em Tabuaço, funciona num pré-fabricado adaptado, enquanto que na Escola do 1.º Ciclo de Moimenta da Beira, as crianças nas instalações de uma associação que dista cerca de 200 metros da escola e o refeitório funciona sobrelotado, sendo as crianças obrigadas a "comer por turnos".

O funcionamento dos transportes também não foge às críticas do SPRC, bem como a falta de auxiliares de educação em algumas escolas, o que coloca em "causa a segurança das crianças".

O SPRC vai dar a conhecer a longa lista de escolas com más condições aos primeiro-ministro e à ministra da Educação e já lançou o desafio aos responsáveis pelo Governo para visitarem algumas escolas, como a de Mosteiro de Cabril, em Castro Daire, e a de Travassos, no concelho de Cinfães. (Fonte:JornaldoCentro)

2 comentários:

Anónimo disse...

ASAE?

O que é isso?

Anónimo disse...

Segundo os últimos relatórios da OCDE, cito fonte JN, 95% das despesas são gastas com o pessoal.Toda a gente sabe que os Ministérios que mais peso colocam sobre o PIB é o da Saude e o da Educação por isso vale a pena perguntar aos senhores docentes, sindicatos (são mais de duas dezenas) se não querem ser solidários e descontar um bocadinho para colmatar estas lacunas????
Fiquei admirado com esta noticia dado que as preocupações gerais do sector são a carreira.Conclusão, quer toda a gente (docentes) atingir o topo, como quem diz atingir cerca 500 (quinhentos) CONTOS!!!!
Imaginem, segundo o Mário Crespo, se os docentes fossem solidários.Seria pesadelo?Para os docentes já o é mas resolvia grande parte dos problemas...