Várias instituições e autarquias lançaram hoje, em Viseu, o Prémio
Aquilino Ribeiro, que este ano se destina a obras inéditas ensaísticas
sobre o universo do escritor que sejam editáveis em livro.
O prémio é uma iniciativa do Centro de Estudos Aquilino Ribeiro
(CEAR), do Museu Grão Vasco e da Fundação Aquilino Ribeiro e conta com o
apoio das Câmaras de Lamego, Moimenta da Beira, Oeiras, Paredes de
Coura, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva e o patrocínio da Câmara de
Viseu.
O presidente do CEAR, João Inês Vaz, explicou que a ideia inicial era
a de que o prémio fosse bienal ou trienal, mas que as Câmaras
envolvidas pretendem que se realize todos os anos.
"É uma discussão que ainda iremos ter", referiu, em conferência de
imprensa, mostrando-se satisfeito pela importância que as Câmaras dos
"territórios aquilinianos" estão a dar ao prémio.
Este ano, o prémio será no valor de dez mil euros e destinado a obras
literárias inéditas, mas a ideia é que o tipo de trabalhos seja
diferente a cada edição.
João Inês Vaz exemplificou que, por exemplo, poderá ser uma obra
artística, uma obra editada nos últimos anos ou até um prémio de
personalidade.
"É um prémio que se pretende que não seja fixo numa modalidade e que
tenha maleabilidade", que, ano a ano, será definida pelas instituições
envolvidas.
Os trabalhos devem ser enviados para o CEAR até 30 de setembro. O vencedor será conhecido em dezembro.
Inês Vaz lembrou que, em 2000, a direção do CEAR promoveu o Prémio
Nacional Aquilino Ribeiro, patrocinado pela Câmara de Oeiras e pelo
Governo Civil de Viseu.
"De então para cá, nunca mais se voltou a reeditar tal prémio", contou.
A atual direção decidiu retomá-lo, tendo candidatado o prémio ao
primeiro concurso municipal de apoio à cultura e à criatividade do
concelho de Viseu, intitulado Viseu Terceiro, do qual recebeu um
financiamento de 13.322 euros.
A vereadora da Câmara de Viseu Odete Paiva explicou que, ao não
financiar os projetos na totalidade, o concurso Viseu Terceiro pretende,
precisamente, criar redes e parcerias como aquela que surgiu para o
Prémio Aquilino Ribeiro.
"Provavelmente, se tivéssemos apoiado o prémio na totalidade, a corresponsabilização seria menor", considerou.
Nascido a 13 de setembro de 1885, em Carregal, no concelho de
Sernancelhe, Aquilino Ribeiro é autor de obras como "Quando os lobos
uivam", "Terras do Demo", "A casa grande de Romarigães" e "O
Malhadinhas". Em 2007, o seu corpo foi trasladado para o Panteão
Nacional.
Fonte: PortoCanal
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