terça-feira, 4 de dezembro de 2018

«Notícia» - Quatrocentos alunos de 19 escolas abrangidos por residências do Plano Nacional das Artes

Quatrocentos alunos de 19 escolas do primeiro ciclo vão ser abrangidos por residências artísticas de sete organismos de música, teatro e bailado, no âmbito do Plano Nacional das Artes, em 2019, de acordo com o programa divulgado esta terça-feira, em Lisboa.
“Uma sociedade mais justa e inclusiva não se constrói sem Cultura”, defendeu a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, em declarações à Lusa, no dia da apresentação da iniciativa.
Para a governante, “é no cruzamento entre cultura e educação que se promove a criatividade e o pensamento livre e, mais do que tudo, que se permite às crianças e aos jovens olharem para si mesmos e descobrirem a imprevisível aventura da vida”.
“O papel do Estado deve também ser o de proporcionar encontros entre artistas e públicos, fazendo da formação um processo de aprendizagem mútuo”, já que os processos artísticos são essenciais, não só para os artistas compreenderem o mundo que os rodeia, mas também para as crianças entenderem que a criação contemporânea não é distante da sua realidade”.
Por seu turno, o secretário de Estado da Educação realçou o facto de o programa este ano abranger mais escolas e mais municípios, sublinhando tratar-se de uma iniciativa que “dá solidez” além de operacionalizar o reforço da educação artística inscrita no novo diploma do currículo, alcançando desafios previstos no Perfil dos Alunos.
“Tudo isto na certeza de que a fruição estética e a educação artística não são elementos acessórios no processo educativo”, já que a educação sem arte “é incompleta”, pois esta é “um instrumento de humanização e de liberdade”, defendeu João Costa.
Trata-se da segunda edição das Residências Artísticas nas escolas, que são apresentadas esta terça-feira no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC) pelos secretários de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, e da Educação, João Costa, ao abrigo da qual os alunos têm aulas de música, bailado e teatro.
Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro do TNSC, Companhia Nacional de Bailado, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional S. João, Casa da Música e Orquestra Clássica do Sul são os organismos que este ano aderiram à iniciativa.
Na primeira edição, apenas a Orquestra Sinfónica Portuguesa era parceira na iniciativa, que abrangeu cinco municípios e cem alunos.
As residências artísticas deverão realizar-se no 2.º e 3.º períodos escolares, do ano letivo em curso, abrangendo, pelo menos, um agrupamento de escolas por município.
O programa é uma iniciativa dos Ministérios da Cultura e da Educação, operacionalizada pelo Programa de Educação Estética e Artística da Direção-Geral da Educação, e visa integrar as diferentes formas de arte em contexto escolar, de modo a aproximar as crianças da cultura.
Em 2018, músicos da Orquestra Sinfónica Portuguesa deram aulas durante uma semana a alunos de cinco municípios – Loulé, Sines, Viseu, Freixo de Espada à Cinta e Barcelos. O projeto-piloto realizou-se em 2017, no Agrupamento de Escola de Caxinas, Vila do Conde.
Na edição de 2019, a segunda, os municípios abrangidos são os de Viana do Castelo, Barcelos, Vila do Conde, Freixo de Estada à Cinta, Moimenta da Beira, Viseu, Penela, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Idanha-a-Nova, Torres Vedras, Loures, Sintra, Lisboa, Cascais, Almada, Sines, Moura e Loulé.
Fonte: observador.pt

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